Fala galera!!! Finalmente chegamos nessa data tão especial do ano, Halloween!!! Época de festas à fantasia, doces (vocês não comem doces para comemorar o Halloween? Eu como, hehehe), e de curtir um game ou um filmezinho de terror!!!
Gostaria de dizer aqui, pessoal, que honra! Chamada para o Retro Game Club no RPG Cast de Halloween!!! Escutem lá, esse episódio está muito legal!!! E gostaria de dizer também, quem tiver vontade de comentar em algum dos Retro Game Clubs passados, fique à vontade! Eu estou sempre de olho nas discussões, para aparecer por lá e opinar também! Todas as colunas do Retro Game Club podem ser encontradas na seção Artigos do Rodando Planeta Gamer.
Coluna sobre o Tales of Phantasia trazendo várias memórias boas para a galera, pessoal mostrando a idade por lá, confidenciando que foi assistir Feitiço de Áquila no cinema! (brinks, hehehe).
Bom, como não poderia deixar de ser, hoje teremos uma coluna voltada especificamente ao terror!!! Mas, como de costume aqui no Retro Game Club, vou fazer as coisas um pouco diferentes. A coluna de hoje será voltada ao Terror Japonês!!! Então, para representar tal gênero, o jogo da semana é:
Corpse Party
Corpse Party é um jogo de terror japônes, no estilo visual novel, lançado originalmente, de graça, para PC – o jogo foi feito na primeira versão de RPG Maker, e foi lançado em 1996, freeware, tendo lançamentos posteriores para PSP, PSVita, iOS, e um lançamento já marcado para esse ano para Windows.
Não se enganem pelo estilo simples do jogo pessoal, esse é um dos jogos mais cabreiros que eu já joguei. É, além de profundamente perturbador, é muito, mas muito assustador. A ambientação dele é ótima, e, com luzes apagadas, e fones de ouvido, o jogo te puxa com muita força para dentro de sua história.
Recomendo especificamente o jogo de PSP, Corpse Party, lançado para PSP, também conhecido no JP como Corpse Party – BloodCovered: …Repeated Fear, que é um remake do original do RPGMaker.
Conta o jogo a história de um grupo de estudantes, nos últimos anos de ensino médio, em que uma das meninas do grupo vai ser transferida para outra escola. O grupo se reúne na escola em uma noite, contam diversas histórias de terror, e, para se despedir, recortam uma figura de um boneco humano, de acordo com uma das histórias de terror que eles acabaram de contar, cada um segura um pedaço, puxam e rasgam a figura.
Ao fazerem isso, a luz da escola acaba, e os primeiros personagens que você controla desmaiam, e quando acordam, estão no mesmo lugar, porém totalmente destruído, sem saber a localização de seus amigos, e completamente trancadas dentro da escola.
Por fim, venho dizer aqui que ninguém tem desculpa para não jogar, e sabem por quê? Porque eu vou postar aqui o link da versão freeware original de RPG Maker, em português!!! Joguem e curtam! Só clicar na imagem!
10 de novembro de 2016 – atualização: aproveitando um questionamento do nosso amigo Mysteron sobre o sucesso da série, e o lançamento do jogo para 3DS e Steam, vou atualizar o post com um reply à dúvida do nosso colega, sobre o que faz a franquia ser tão famosa, na minha opinião:
Sendo bem sincero com vocês, eu não li o mangá de Corpse Party, mas eu acredito que os paranauê da série seja o seguinte: a primeira obra dentro da franquia (antes, inclusive, de se tornar franquia), não foi o mangá, nem os OVA, nem o filme live-action.
Foi um jogo, freeware, indie, feito no RPG Maker em 1996. E esse jogo acabou se tornando um fenômeno cult, underground, mundial. O tipo de jogo que a galera trocava entre si por disquetes, e tal. Traduções da versão de RPGMaker começaram a aparecer aqui e acolá. Até que o time original decidiu refazer o jogo, 12 anos depois, para Windows (sim, o OS do original nem era Windows ainda, até pq, 96).
E então veio o lançamento para PSP, em 2010 no Japão, e a primeira tradução oficial (XSEED, para variar), em 2011. Essa foi a versão do jogo que eu joguei. E deixa eu te falar, que jogo. É impressionante, e até meio retrógrado (bom, eu escrevo a coluna retro, não escrevo?) que um jogo 2D, topview, que apesar do remake em um engine própria não abandonou o estilo original de RPGMaker (mas com gráficos, som, e produção MUITO melhores), consiga ser tão efetivo como jogo de terror.
E é.
O jogo é muito bem escrito, a ambientação é muito boa, a história é intrigante, e a forma como o jogo vai rolando consegue te transportar para aquele mundo com tanta força que chega a ser inacreditável. Eu posso queimar a língua aqui, mas eu duvido muito que o Resident Evil 7, com VR e tudo, consiga ser tão efetivo quanto o Corpse Party de PSP como jogo de terror.
E como um dos meus gêneros favoritos, eu já joguei de tudo, em tudo quanto é plataforma, e ainda acho Corpse Party um dos melhores games de terror que eu já joguei. O primeiro mangá é anterior à chegada na série ao PSP, mas todo o resto veio depois.
E aí acabou virando essa franquia enorme que é hoje. São 5 ou 6 jogos no total, sendo pelo menos duas sequências do jogo original (Book of Shadows e Blood Drive) e um iniciando uma história nova (Corpse Party 2). Os jogos de PSP, o que tem à venda no Steam e esse mais recente de 3DS, são todos remakes do original para RPGMaker, com uma ou outra diferença entre eles.
Fim da atualização.
Vamos agora às indicações em outras mídias.
Bom, primeiro, tenho que dizer que Corpse Party tornou-se uma franquia enorme, com animes, mangás e até mesmo um filme:
E o filme:
Vou indicar aqui um filme de terror japonês somente para os fortes. Caras, se não forem realmente fãs do gênero, e não tiverem coração forte, NÃO ASSISTAM. Esse filme é realmente perturbador, vai ficar queimado para sempre nas mentes do que assistirem. Apesar de ser um filme muito forte, justamente por esse motivo é um dos melhores filmes de terror japonês: Audition.
Não posso deixar de falar aqui de um dos maiores autores japoneses no gênero terror: Junji Ito.
Junji Ito é um autor de mangás de terror, que escreve histórias de terror de fantasmas, terror cósmico, body horror, e demais.
Suas histórias são impressionantes, muito criativas, fortemente inspiradas por H.P. Lovecraft, que descrevem um universo indiferente ao sofrimento dos humanos, que simplesmente acontece, sem se preocupar com o que pode acontecer conosco, pobres humanos, presos no meio de tudo isso, como pequenas formiguinhas.
De seus trabalhos, indico aqui Gyo e Uzumaki. Ambos foram lançados originalmente como mangás, com história e arte por Junji Ito.
Uzumaki conta a história de uma cidade estranha e sobrenaturalmente obcecada por… espirais.
Já Gyo conta a história de um belo dia em que peixes com pernas começam a sair do mar… daí para frente, é só terror.
Uzumaki possui um filme, consideravelmente fiel ao mangá, e Gyo tem um longa animado. Ambos são recomendadíssimos.
Para quem quiser conhecer mais sobre o folclore e a forma que os japoneses lidam com histórias de terror, como fantasmas, espíritos da natureza, monstros e afins, recomendo também o grande anime Yamishibai: Japanese Ghost Stories. Tratam-se de histórias de terror contadas por um senhor em sua bicicleta, usando a técnica tradicional do kamishibai, ou teatro com bonecos de papel. Cada episódio tem somente três minutos, e são profundamente assustadores. Vale a conferida.
É isso aí galera, espero que curtam, divirtam-se com os jogos, os filmes e os mangás, e, como sempre, bom jogo a todos!!!