Rodando Planeta Gamer

Sea of Thieves – Preview

Autor: Mysteron

Sea of Thieves

Lançamento: 20 de março de 2018

Plataforma: Xbox One e Windows 10 (exclusivo)

Desenvolvedora: Rare Microsoft Studios

O texto a seguir é melhor degustado ouvindo o seguinte áudio:

https://www.rodandoplanetagamer.com/wp-content/uploads/2018/03/Sea-of-Thieves-Tavern-Tunes-Maiden-Voyage.mp3?_=1

Sea of Thieves (SoT) está sendo considerado uma das grandes apostas da Microsoft para este ano e a aposta que talvez seja a redenção da Rare, uma empresa que andou meio esquecida do coletivo gamer devido a recepção dos seus últimos títulos.

Nesse último fim de semana (10 e 11 de março) ocorreu o último beta do SoT e a Rare fez questão de liberar umas coisinhas a mais, como ataques a fortes, as “guildas” que você vai poder se juntar, e a oportunidade de realizar quests mais variadas. E eu posso dizer: achei o meu novo devorador de tempo livre.

O jogo conseguiu superar todas as minhas expectativas de forma fenomenal. A estrutura mundo livre do jogo já tinha me atraído, pois, ele não parecia tão solto quanto Minecraft por exemplo: lá você cai no mundo e tudo já está lá para te dar as ferramentas que você quer. E é por isso que você vê gente fazendo todo tipo de maluquice – o jogo te dá liberdade plena para isso.

SoT é diferente pois ele te dá objetivos e você precisa descobrir as ferramentas para alcançá-lo.

E isso é algo que não chega a ser intimidador pois você não encara sozinho. Ao permitir que você monte a sua equipe, está dando a melhor ferramenta que poderia ter nessa liberdade toda – conhecimento. Já que você terá experiências e poderá compartilhar e aprender com elas. E isso muda tudo! O que, na minha opinião, está sendo a jogada genial do SoT é que existe esse lance da comunicação livre, porém não existe pontos “seguros” dentro do mundo. Então, o game seria uma mistura de Minecraft, com PUBG e Overwatch nesse sentido. Estranho, não?

Sea of Thieves te dá quase tanta liberdade como um Minecraft e foca em um elemento essencial de games como PUBG e Overwatch: comunicação de sua equipe

Outra peculiaridade é que existe um mundo enorme e ele é povoado só o suficiente para que tudo seja um “grande evento”: você vai se preocupar com qualquer navio que aparecer, você vai se preocupar com a tempestade que se aproxima, você vai se preocupar com a quantidade de baús que você vai ter no seu navio, você vai se preocupar com os fortes esqueleto (uma área livre onde qualquer dos 100 jogadores pode entrar a qualquer momento – porém só existe uma única chave para a grande recompensa, gerando um ambiente caótico, porém com desafios que afetam a todos), você vai se preocupar com a forma de entrega dos seus baús, você vai se preocupar com os postos avançados e não saber se eles estão povoados ou não, além de inúmeras outras variáveis. Enfim, o equilíbrio entre momentos de preparação e momentos de ação foram, na minha humilde opinião, balanceados de forma bastante honesta.

Você vai se preocupar com qualquer navio que aparecer, vai se preocupar com a tempestade que se aproxima, vai se preocupar com a quantidade de baús que terá no seu navio e outras inúmeras variáveis

Também é claro que a longevidade de um jogo vai se basear no suporte que a empresa der a ele. E quando boa parte do conteúdo acaba sendo gerido pelos próprios jogadores, esse temor se torna ainda maior. Mas ao se avaliar os saltos em qualidade e conteúdo que os alfas e betas deram a cada teste, eu diria que para o futuro próximo, teremos uma grande quantidade de diversão.
Além disso, ao disponibilizar o jogo no Game Pass sem custo adicional, a Microsoft procura mitigar uma das maiores preocupações de qualquer jogo online – a sua população. Com essa política, não daria pra dizer que teremos um custo inicial alto para que qualquer um possa se aventurar.

Ao disponibilizar o jogo no Game Pass sem custo adicional, a Microsoft procura mitigar uma das maiores preocupações de qualquer jogo online – a sua população

Já existem vários sites da área falando da “importância e da inovação que esse jogo traz de volta para o mercado saturado de videogames e a política de lançamentos de jogos AAA”. Não acho que ele chegue a tanto, porém ele consegue focar em um aspecto que parece estar sendo esquecido pelos “grandes lançamentos” de hoje em dia: a diversão.
Não existirão inúmeros colecionáveis, ou tutoriais de 5 horas, ou uma história profunda em um mundo apocalíptico, ou heróis que desafiam a morte a cada 5 minutos. O que teremos é um mundo onde você cria a sua história. Seja se você vai atrás dos objetivos, se você quer apenas guerrear, caçar o Kraken ou resolver os puzzles. A Rare te oferece um local onde você pode esquecer um pouquinho os seus problemas, onde você pode tomar um pouco de grog, comer uma banana (com casca, claro), ou fazer sua coleção de galinhas.

Mas, caso você queira tesouros, marujo, vou te contar histórias de piratas lendários e seus baús amaldiçoados. Eles fizeram a fortuna de muitos que passaram por aqui – e quem sabe com o seu galeão cheio com os piratas mais destemidos destes mares, você também não pode fazer a sua história?

Que tal se arriscar, hein? Talvez valha a pena…