A aventura recomeça, agora em 4K
Autor: Anderson
Ficha Técnica:
Dragon’s Crow Pro
Data de lançamento: 15 de Maio de 2018
Plataformas: PS3 (versão base) / PSV – Vita (versão base) / PS4 (versão Pro)
Plataforma testada: PS4
Nota do editor: Essa análise foi gentilmente cedida ao RPG pelo amigo Anderson. Originalmente foi postada na página Akiba’Spot que você pode visitar clicando aqui. Boa leitura!
Hydeland é um famoso reino graças a suas oportunidades de aventura e riqueza que atrai os mais bravos e destemidos aventureiros do mundo. E você não é uma exceção.
Dragon’s Crown Pro é um hack-and-slash com elementos de RPG. Para aqueles mais velhos e veteranos dos fliperamas, Dragon’s Crown Pro tem como diretor George Kamitani, o mesmo responsável por Dungeons & Dragons: Tower of Doom na metade da década de 90.
No começo do jogo, o jogador pode escolher entre 6 classes de personagens; Fighter, Amazon, Elf, Dwarf, Wizard e Sorceress. Cada classe possui suas similiaridades bem como suas diferenças. O Fighter embora também seja de combate corpo-a-corpo como o Dwarf, não possui a habilidade de arremessar os inimigos. Assim como a Sorceress mesmo sendo uma utilizadora de magias, não pode invocar monstros para lutar ao seu lado como o Wizard.
O jogo é focado no modo multiplayer, então mesmo que o jogador jogue sozinho, ele terá a sua disposição a possibilidade de recrutar mais 3 personagens controlados pelo jogo para o acompanhar durante suas aventuras por Hydeland. Estes companheiros se tornam disponíveis após terem seus ossos resgatados dos calabouços e labirintos e serem ressuscitados.
Após selecionar sua classe, o jogador escolhe um nome para seu personagem e também quais serão suas mensagens para o modo online do jogo. Um rápido tutorial que lhe ensina o básico do jogo é apresentado e então você está pronto para explorar Hydeland e seus calabouços. Ou quase. A primeira metade do jogo, que leva cerca de 3~4 horas para ser concluída serve como um grande tutorial, onde o jogador conhece cada uma das 9 fases disponíveis e vai avançando na história, que aqui é até bem simplista.
A primeira metade do jogo, que leva cerca de 3~4 horas para ser concluída serve como um grande tutorial
Após sua chegada à Hydeland, você descobre que o rei sumiu ao partir em busca da mítica Dragon’s Crown, que dizem as lendas ser capaz de controlar os dragões. Logo você se encontra em meio a uma trama palaciana que não é lá muito empolgante, mas cumpre seu papel que é o de te dar motivos para ir para as fases do jogo e descer o sarrafo nos monstros que lá se encontram.
O jogo possui um sistema de habilidades que segue tanto um leque de habilidades padrão para todos os personagens com coisas como vida máxima, recuperar vida ao pegar moedas, assim como habilidades específicas para cada classe.
A jogabilidade segue o mesmo esquema das versões anteriores, com o botão quadrado servindo para atacar, o triângulo para interagir com as armas e montarias pelas fases, o bolinha servindo para que realize um movimento específico de seu personagem – largar a arma e partir para o mano-a-mano com os personagens de combate corporal ou dar um tiro rápido ou mais forte dependendo do quanto segure o botão com os personagens de combate a distância -, e o botão X pulando. O R1 faz com que o seu personagem dê um pulo para trás evitando alguns ataques inimigos, enquanto o analógico esquerdo (L3) controla a movimentação e o digital controla os itens equipados, sendo que estes dois podem ter suas funções invertidas pelo menu de opções.
Quanto ao analógico direito, aqui entra o principal contra das versões de console de Dragon’s Crown. O PS Vita possui não uma, mas dois touch controls. Sendo sua tela frontal de 5″ e seu touchpad traseiro. Dragon’s Crown não faz uso do touchpad traseiro do sistema, mas em compensação o faz da touchscreen para ativar runas pelas fases, bem como descobrir tesouros e segredos, além de ser a forma de se dar ordens para o ladrão Rannie que te acompanha durante todo o jogo, o qual é responsável por abrir portas e baús trancados.
Como o PS3 não possui este recurso, a solução foi mapear as funções da touchscreen para o analógico direito (R3), simulando a movimentação que fazemos com o dedo na tela e os toques na mesma sendo emulados pelo clique do analógico, ou pelo botão L1. O problema é que o recurso não é tão responsivo quanto deveria, e muitas vezes se torna frustrante você querer ativar alguma runa, abrir um baú, ou até mesmo abrir uma porta, e por conta da imprecisão do analógico não conseguir de primeira. O uso do analógico direito também é feito no PS Vita, mas tendo a touchscreen a sua disposição, se torna um recurso inutilizável. Afinal a resposta da touchscreen é muito mais satisfatória que o uso dos analógicos direitos.
Quanto ao PS4, para tentar sanar essa deficiência em relação a versão “menor” do jogo os desenvolvedores fizeram uso da touchpad do controle DualShock 4. E aqui o problema se torna outro, afinal o touchpad do DS4 possui uma área de toque menor que a tela de jogo, e muitas vezes, você precisará mover seu personagem para mais perto do objeto que deseja tocar para que a interação seja possível, uma vez que a área criada pelo touchpad procura manter o personagem do jogador como centro de referência, limitando os controles de toque para um retângulo ao seu redor. O mesmo tipo de situação que se encontra com os touchpads de computadores notebooks.
As versões anteriores possuíam a função do Cross-Save e Cross-Play, que permitia a quem tivesse um PS3 e um PS Vita poder começar o jogo em um e continuar no outro com a função de Cross-Save e também que jogassem o multiplayer do jogo juntos, independente de se estar jogando em um PS3 ou em um PS Vita. Em 22 de março de 2018, a Atlus lançou um patch para estas versões tanto para corrigir alguns bugs, como para acrescentar algumas das novidades mais cosméticas vindas na versão Pro, bem como pertmitir o Cross-Save e Cross-Play com a versão de PS4 também.
Em 22 de março de 2018, a Atlus lançou um patch para estas versões tanto para corrigir alguns bugs, como para acrescentar algumas das novidades mais cosméticas vindas na versão Pro, bem como pertmitir o Cross-Save e Cross-Play com a versão de PS4 também
Outra questão que merece ser ressaltada é referente a câmera. Muitas vezes durante as fases a câmera irá atrapalhar devido a sua movimentação, bem como ao insistir em seguir os NPCs controlados pelo computador ao invés de seguir seu personagem. Sem mencionar quando, em um resquício de suprir a diminuta tela do Vita em comparação as telas de televisão de 32″ para cima, o jogo dá um zoom no seu personagem fazendo com que ele pegue quase toda a tela e diminuindo drasticamente o campo de visão do que ocorre aos seus arredores.
A arte do jogo é linda, como todos os jogos da Vanillaware e é justificável este comportamento da câmera no Vita, para poder mostrar melhor as belíssimas ilustrações feitas a mão para o jogo em sua tela de 5″. Mas quando estamos em um PlayStation 4 Pro com uma TV 4K com tela de no mínimo 43″, se torna desnecessário e incômodo.
Prós:
- Belíssimos Gráficos 2D Desenhados À Mão;
- Jogabilidade Hack-And-Slash Gostosa E Divertida;
- Personagens Com Boa Diferença Entre Si, O Que Garante O Replay;
- Trilha Sonora Orquestrada, Deixando As Composições Originais Ainda Melhores.
Contras:
- Controle Pelo Touchpad Ou Analógico Direito (R3) Frustrante;
- Câmera Que Atrapalha Em Um Jogo 2D.