Ele deu as caras! Depois de muito tempo e especulação o outrora NX deu as caras. E como é de praxe da Nintendo, seus consoles sempre trocam de nome após a apresentação oficial, agora a novidade se chama Nintendo Switch. Possivelmente, você, fã ou não fã da empresa já leu tudo o que podia sobre o novo console, pois, gamer que é sabe que a empresa nipônica costuma ditar tendências e de uma forma ou de outra irá impactar o mercado de seu hobby favorito. Mas, o objetivo aqui não é trazer notícias sobre ele e sim a opinião da equipe do Rodando Planeta Gamer acerca do novo produto.

É óbvio que queremos aumentar o leque de opiniões sobre a novidade e você pode e deve utilizar o espaço dos comentários para fazer sua voz ser ouvida. Fique a vontade para cornetar a opinião da equipe também.

Nintendo Switch
Switch é um híbrido aparentemente completo

Jonny

Publicitário. Pós Graduado em Gestão Educacional. Em sua infância Nintendista “convicto”. Atualmente, fã de qualquer bom game em qualquer plataforma. PC é sua plataforma primária atual. 

Enfim, a Nintendo revelou de forma oficial seu novo console e podemos ao menos um pouco sair do campo das especulações. Mas, quando digo “um pouco” é pouco mesmo. Com mais informações minuciosas ainda por vir em Janeiro próximo, tivemos basicamente a apresentação de um conceito, de um nome e de algumas possibilidades. Muitas dúvidas ainda nos cerca. Qual será a duração da bateria do híbrido quando em seu modo portátil? Qual a capacidade para o retorno dos cartuchos? E por falar em capacidade, qual é o real potencial do Switch? Apesar do suporte aparentemente interessante de thirdies, não sabemos como será esse suporte. Novos games? Apenas remasterizações de jogos já lançados? Ambos?

Ainda que eu tenha tido todas estas e ainda mais dúvidas, é inegável que o trailer é bacana e que as possibilidades apresentadas pelo Switch são interessantes. Assim como a Nintendo gosta de fazer, ela realmente apresentou um produto único e que não possui rival igual no mercado. Poder ter um aparelho de alta performance e jogar seus games seja na TV grande ou em qualquer lugar é um sonho antigo de muitos que foi sendo disfarçado por aquilo que a própria Big N sempre fez de melhor: seus portáteis. Se este novo produto tiver um hardware poderoso para rivalizar ou aproximar-se com seus rivais no mercado e se desta feita o apoio das thirdies realmente ocorrer podemos ter a Nintendo retomando boa fatia do mercado.

Reitero: me empolguei, mas, ainda preciso de mais informações para saber se esse novo produto será apenas um “fogo de palha” ou se ele vai realmente incendiar o mercado mais uma vez.

thirdies
As thirdies já anunciadas. Mas, ainda resta a dúvida: IPs novas, remasterizações ou ambos?

Darius Munnrah

Graduado em Direito (Objection!!!). Pós em Direito Tributário e Direito de Seguros (Take That!!!). Sempre foi “multiplataforma” e já experimentou de tudo (heinnnnn?). PC é sua plataforma primária atual (atual ou sempre foi?)

Depois de tantos rumores e especulações, o Switch para mim foi uma grande combinação de decepções. A impressão que ficou foi que a Nintendo deixou passar muitas oportunidades interessantes que poderiam ter sido aproveitadas. O principal ponto, para mim, era a promessa de “unir” o mundo portátil com o mundo dos consoles de mesa. O que, pelo vídeo “tech demo” deles, parecia ter realmente acontecido. Aí entrou o “damage control” da marca no meio, dizendo que o console, apesar de usar cartuchos, não vai ser compatível com os jogos já lançados no mesmo formato (DS/3DS); alguns dias depois, dizendo que a vida do 3DS ainda vai longe (o que não é ruim, vejam), mas dizendo também, de forma velada, que planejam lançar um “4DS” – um portátil sucessor, em outras palavras.

Ou seja: o Switch deixou, em poucos dias, de ser único, para se tornar mais um, só mais um.

cartuchos
O retorno dos cartuchos a uma plataforma principal no mercado. O tamanho denotava similaridades com os de 3DS e DS e uma possível retrocompatibilidade estimulante. Ledo engano e é uma de nossas decepções.

Lucas DNS

Graduado em Economia, DNS é nosso Nintendista de plantão. Amante da marca, mas, que assim como toda equipe do RPG joga em diversas outras. Suas plataformas principais atuais são Nintendo WiiU e PC.

HYPE-TRAIN! SWITCH É O SALVADOR NO MERCADO DOS GAMES! VAMOS TODOS COMPRAR NA ESTRÉIA!

Mentira, embora eu seja nintendista, ainda sou crítico. Então, primeiro, antes de eu escrever sobre o que eu achei do Switch, gostaria de falar do nome: Nintendo Switch (NS para os íntimos).

Mesmo que não seja um nome pra lá de muito criativo ou interessante, Switch tem um significado de “trocar ou mudar” para combinar muito com sua proposta de um console híbrido. Porém, o ponto mais importante foi que a Nintendo desta vez conseguiu levar uma mensagem direta do que se trata o console novo sem confundir a imprensa nem os consumidores. Claro a apresentação do console foi o principal disso, mas, o nome também ajuda a distanciar da marca Wii e DS. Como algo novo.

Agora sobre o console em si, infelizmente, por enquanto sabemos muito pouco, afinal o principal foi mostrar o conceito de híbrido e não os jogos nem preço final. De qualquer forma o que temos de esperar do Switch é que ele é um console portátil com possibilidade de fazer streaming para TV. Ou seja não dá pra esperar um milagre que faça com que tenha a mesma potência de um PS4 Pro e custe menos.

Bem! De qualquer forma, agora só falta esperar até dia 12 de janeiro, quando a Nintendo irá anunciar mais informações sobre o console, provavelmente o preço final, data de lançamento e jogos no lançamento. E é claro, tanto a crítica quanto o público japonês poderão testar. Por enquanto, eu achei o conceito interessante, mas vamos ver na prática.

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Algumas das preocupações que a equipe têm residem nos fatores: preço e potência perante concorrência devido a sua possibilidade de “streaming”. Ambos diretamente interligados.

Felipe Lins

Graduado em Direito (são dois aqui no RPG. Cuidado com o processo). Pós-graduado em Animação e Jogos Eletrônicos (Manjão). Plataforma primária é o PC, mas, amante dos jogos da série Zelda a ponto de ter uma tatuagem em seu corpo. Amor demais!

O Switch é um conceito muito bacana que ainda tem muita informação relevante faltando.

As declarações de apoio de thirdies estão em maior número que da época do WiiU, muitos fatores do próprio conceito levam a uma credibilidade um pouco maior no produto, tendo em vista que o marketing está mais experiente com o fracasso do console anterior. A Nintendo deve fazer um trabalho maior nessas duas frentes: marketing e apoio de thirds. Mas, ainda é incerto o futuro das práticas comerciais da empresa, como serviço online, precificação, valores de promoções, unificação de bibliotecas e outras preocupações que o consumidor tem em relação à empresa como um todo.

A falta de retrocompatibilidade incomoda um pouco, e também incomoda muito não saber se haverá alguma forma de acessar conteúdo do VC (Nota do Editor: Virtual Console, serviço que a Nintendo oferece em sua E-shop que vende games de plataformas antigas suas. Exemplo: Super Mario World de SNES comprado para o WiiU) comprado no WiiU/3DS, ou se será necessário comprar tudo de novo, um SENHOR tiro no pé do consumidor. A apresentação do conceito levou a acreditar em um console híbrido que iria unificar as bibliotecas do console + portátil, unindo WiiU e 3DS no que seria o dream console da Nintendo, mas como já houve pistas de um sucessor do 3DS, a ideia parece agora mais distante e improvável.

Decerto a unificação de assets (dá pra usar a mesma biblioteca de modelos 3D, levels e outros materiais de criação) na chamada “Plataforma NX” (que engloba mobile, switch e provavelmente o futuro portátil) vai facilitar o port de jogos entre eles, além de permitir em teoria a criação de versões “low” para portátil e “high/ultra” para o console, fazendo com que o futuro portátil não canibalize e nem seja canibalizado pelo console, um problema que acometeu 3DS e WiiU.

Outras pequenas informações, como a parceria com a Nvidia e com a iniciativa Khronos (que a Nintendo faz parte) também animam bastante, pois vai permitir uma otimização absurda do hardware do NS, e a facilitação de port de jogos de PC/PS4/X1 para o console da Nintendo. Não se sabe quais jogos poderão ser portados, em virtude da capacidade gráfica do console, que ainda não sabemos qual será, então não adianta especular o que vai ou não vai sair. Somente títulos exclusivos são certeza de que o NS não receberá port, como, por exemplo, os da Sony e da MS. Indies e jogos midtiers com certeza terão acesso fácil ao NS.

Também não espero por 4K ou VR no Ns. São tecnologias que não me interessam ainda nem no PC, minha plataforma principal, quiçá nos consoles.

Levando tudo isso em consideração, o NS é um console pra se empolgar mais do que WiiU, com certeza, mas que ainda depende de muitas informações ainda não liberadas para torná-lo um console principal. Como console secundário, é praticamente uma certeza.